quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Senti[n]do


Sereno é o momento da derrota. Quando tudo parece convergir para a estabilidade, as coisas desmoronam. Eu não sei desistir dessas coisas. Não quero mais sugerir momentos e depois ver que tudo não passou de pensamento. Quero mais é buscar, porque quem busca ainda tem esperança e esperança não é para qualquer um. Porque desejo faz parte do ser e aproximação não é algo que se joga. Não há como divergir.

Amor não é exclusividade. Amor é saber agir e não destruir. Aqui eu me determino, na minha mente eu construo esperança e não é em ações que ela se alimenta: ela já existe em mim, ela já me deixa viver, porque sem esse pensamento não sou nada. Construir momentos e colocar as coisas no lugar não deveriam ser habilidades de poucos, e a mente que mistura tudo não deixa crescer nenhum momento além do tosto tédio de sempre.

Quero estabilizar, quero converter as coisas para as coisas simples porque eu posso! E nenhum termo de truculência vai me deixar dizer o que eu quero. Pensaria ser possível crescer, aceitar, construir minha base, minha própria estrutura, mas não posso perder a esperança. Não entende? As coisas são construídas, engenhadas na pretensa estabilidade que só o conhecer pode nos mostrar. Amor não é esperar a prisão. Amor é sublime e não se escolhe. Amor é fruto de uma construção e não é fruto de um twist na mente.

Bastar-se a si mesmo é uma coisa difícil. Sim, precisa de baques, mas entendo bem tudo isso. Porque aprender é uma coisa difícil, mas mostrar, demonstrar o que aprendeu é uma coisa mais difícil ainda, porque isso sim depende dos outros. Porque fraqueza é fácil de identificar. Fraqueza é algo que exala. Já firmeza é algo que imprime, que leva tempo. Não sou o mesmo e a cada minuto tudo gira para compreensão. Na medida em que renascemos criamos escopo para continuar.

Ao escrever existo porque aqui o tempo vai onde posso, porque sigo o tempo da minha consciência e posso dizer o que quero, não o que minha mente ansiosa quer dizer. Aqui o tempo é meu e não preciso fazer sentido.

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