segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Remendos



Botei meus romances num pote e remexi até virarem cacos porque, ao perpassar no mundo toda essa gana, me vi tão só e só me construí. Olho para o lado com sorriso torto, imerso em possibilidades finitas, esperanças acrescidas em uma ilusão inebriante. Olhar esses momentos simples abraçando sua alma louca. De certo modo, ninguém pode julgar mais ninguém. Essa coisa não é mais que uma pedra num caminho cheio delas.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Amiga

A dúvida não pode ser mais simples que essa, mas a complexidade excede o limite do surreal. Quando cheguei para ela, um dia, não sabia o que pensar. Só falava, falava e falava. Horas no telefone com um medo imenso de deixar de lado todo aquele sentimento de medo e criar certeza. Essas coisas que eu falava não podiam ser mais exatas que aquilo que eu queria. Queria eu ser menos que fui e ela ter sido menos do que é. Na intensidade de tudo tinhamos como objetivo um affair louco qualquer que se concluiu num monstro estranho que somos agora. Mais de mês de loucuras e agora? O que sobra? De todo o suor alguma conecção fica.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ser



me debruça sobre teus sonhos

que eu os acompanho, lentamente

não que meu suor valha

mas que a vontade, o termor da vida após o vácuo

seja sereno

e múltiplo

como quem espera acordado.

intenso

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Ilusão




Minhas pálpebras, hoje, me regeneraram.

Criaram um céu de estrelas melancólicas que passaram em duas horas.

E, de repente, o sinal de vida virou alegria

Seguida de tristeza;
seguida de alegria;
seguida de tristeza;
seguida de alegria...