segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Remendos
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Amiga
A dúvida não pode ser mais simples que essa, mas a complexidade excede o limite do surreal. Quando cheguei para ela, um dia, não sabia o que pensar. Só falava, falava e falava. Horas no telefone com um medo imenso de deixar de lado todo aquele sentimento de medo e criar certeza. Essas coisas que eu falava não podiam ser mais exatas que aquilo que eu queria. Queria eu ser menos que fui e ela ter sido menos do que é. Na intensidade de tudo tinhamos como objetivo um affair louco qualquer que se concluiu num monstro estranho que somos agora. Mais de mês de loucuras e agora? O que sobra? De todo o suor alguma conecção fica.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Ser
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Ilusão
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Só o mundo sabe quem elas são.
Me pediram pra vestir uma personagem, exitei. Porque não era meu. Colocaram à prova minha sinceridade, calei. Mesmo porque, se me pedirem para andar no jeito, saberei que aquele 'jeito' é o que todo mundo quer, todo mundo prevê e todo mundo espera. Não, não esperem isso de mim. Prefiro minhas personagens afloradas, concentradas, que acumulam tudo à volta. Cuidado porque o mundo não sabe quem elas são.
Elas não aparecem, elas enganam e criam cada passo meu junto ao poder que só minhas fomes me trazem. Elas engolem tudo, como amebas, tudo que pode me construir, construir esse eu que já sabe bem o que é. Como perfume, exalo minha inexistência aqui, em deleite. Porque não preciso que exista. Não preciso que isso tudo pareça bonito, sensível ou inteligente. Prefiro, por agora, viver. Porque viver é contemporâneo.
domingo, 14 de novembro de 2010
Possibilidades
Só você sabe a chave para fazer isso parar. Eu sozinho não sou nada. Repito que você é física, e pode me tocar. Pode me sublimar para a calma – e só ela – aparecer para me levar como nuvem. Não esqueça, sou feito de tudo que há de expressivo e maluco nesse mundo. E não é por isso que não deixo de sentir tudo isso, toda essa árvore. Tudo isso não é mais que essa história, toda essa vida imensa não se resume à essas horas bobas em que eu pareço ficar tão frágil. Fada Azul, não se quebre agora.
II Ato
Entrei porque não havia porta, você queria tanto que ela não era necessária. Tudo isso que me deixa ansioso, que me deixa desse jeito pirado, não me deixa metáforas além do simples SIM, entrei nessa porta porque quis.
Sinto que me resta não só
essas peças que olho e não passo
Estes sonhos cravados no espaço
desejos reprimidos por obrigação
Ato III
Reprimi esses pensamentos baixos, tristes
porque sei que não dá mais para segurar
as coisas que me obrigavam a usar
essa tristeza tosca e falsa.
Então, que acabe logo essa coisa!
Sei que não preciso mentir
não preciso saber simular
só preciso sentir rebeldia
essa coisa tão boa
e desenhar os passos
mesmo que ilusórios
para nossa estrada infinita
de possibilidades.
Por isso não conta a história do passado, e sim do presente. Mesmo porque a tangente do futuro não existe.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Quad
Cena
Se eu pudesse descrever, se eu soubesse, diria que não podemos mais andar de carro. Porque nos sonhos sempre ando a pé. Só lembro do seu sapato adolescente, camisa de menina e olhar de mulher. Palavras decididas numa conversa comprida, parecendo doces os afagos, quentes os abraços e os beijos... beijos são loucos! Porque quando estamos em cena, não há medo que aparece ou nervoso que pareça, tanto faz... Em cena não temos calça jeans e camiseta branca. Temos só o que deveria ser frio, um affair, sendo tantos gostos, tantos desesperos loucos, ansiedades casuais que só minha mente insana, nesse ar de eterno tempo, mesmo rápido, quer entender esse mundo fosco, sublime, invariável.
domingo, 7 de novembro de 2010
Noite
As vezes crio um mundo que me inebria, volátil, para esquecer e continuar. Não era pra ser assim, mas tudo isso tá fazendo ser. É difícil quando se "toca", porque as possibilidades de sentir são inumerosamente maiores. Quisera que fossemos rasos, assim seria tudo muito mais fácil e simples. Tudo isso parece ser regido por música que eleva os sentidos, como imagem que só se descreve vivendo. Nos entendo perfeitamente. Meus pensamentos são difíceis de entender, ao menos. Pelo ao menos não serão rasos.
Se abrir sua mente, posso te ajudar. Simplifique-a, diminua sua expressão ao ponto dela estourar como big-bang! Mas é só sensação. Não tento adivinhar, não tento colocar isso como verdade. Somente aparece assim, em mim, esses pensamentos. Só não guardo porque, ao falar, você joga a pedra que estilhaça essas sensações e acabo me sentindo bem por saber que é só impressão. Poeira só assenta com chuva!
O estranho de conversar é ter medo de ser direto e chatear. Enrolar e entediar... mesclar e confundir. São nossa limitações, fazer o que! As vezes queria mais de uma vida pra conseguir fazer tudo que quero. E falo isso em todos os sentidos. O tempo é um dos culpados. Pouco tempo, muitas vontades. Como conversas de 5 minutos debaixo do jambeiro que já se foram. Você cria expectativas ou as constrói? Pra gente ser completo só precisamos de 2 coisas: pensar e agir. Conciliar as duas coisas é foda. Na verdade, os opostos se atraem e se encaixam, dependendo para onde os atritos te levam. Mas as afinidades dos iguais também são fascinantes.
Meu maior sonho é me despir de máscaras. Cansado de estar aqui, mas não poder ser eu mesmo, alguém que sonha. Não um sonho comum, mas sonha liberdade de espírito. No final da história eu tento descobrir quem realmente sou. Há coisas que são difíceis de falar, ou materializar, e por isso as pessoas acham que determinadas coisas ou sentimentos nem existem, quando na verdade é só dificuldade de expressão. É que a gente se prende às coisas, cria um pudor estranho e cristão que te deixa sem ar. Equilibre-se e não se esqueça de mim nessa hora. Durma que eu darei papel e caneta para seus sonhos.
Tudo isso são memórias que nos substituem, apesar do vazio continuar lá e incomodar. Mas deixa quieto, deixa isso para mais tarde, porque não sei explicar agora o que eu sinto. E nem quero. Deixa a música nos levar, deixa o sonho esvoaçar qualquer ira externa. Isso tudo é nosso, é deles, é do mundo! E quando chega a noite, quanto tudo pode acontecer é que...
- Tudo bem?
- qt tempo!
- Legal brincar com as possibilidades, né?
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Ele não é meu, é do mundo.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Cristalizados
Pensamos como queremos quando explicamos o que sentimos e, naquele momento, sentiam-se incapazes. Era como se fossem nulos diante de uma situação e que risos curtos não ajudassem em nada. Como se corressem riscos com os murmúrios infantis que todo mundo os fazia temer. Era como se, a cada passo, a aproximação fosse nula: se tocavam, mas não se tocavam. Mas, como mundo é assim louco, começaram a creditar múltiplas possibilidades. Porque a loucura não residia mais nos caminhos. O momento se criava nos passos em direção ao rio.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
It means freedom
Tudo começa com nossas angústias, todo esse furor nos leva até ao ponto de criar esse vazio que nos dá a impressão de que não tem fim. Ilógico é pensar o quanto o mundo não dá tempo para nossa própria ideia. Porque caminhar para o vazio interno nos faz andar a passos largos diante a falta de escolhas.
O mundo me fez acreditar nesse ímpeto, nessa força louca para fugir desse vazio desnecessário. Porque lidar com esse bombardeio de possibilidades me dá mais tempo de afogar as coisas que me preenchem. O que mais há em tudo isso é somente esses próprios caminhos tortos que espero sempre caminhar, independente de colocações e fatos. Não precisa explicar.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Senti[n]do
Sereno é o momento da derrota. Quando tudo parece convergir para a estabilidade, as coisas desmoronam. Eu não sei desistir dessas coisas. Não quero mais sugerir momentos e depois ver que tudo não passou de pensamento. Quero mais é buscar, porque quem busca ainda tem esperança e esperança não é para qualquer um. Porque desejo faz parte do ser e aproximação não é algo que se joga. Não há como divergir.
Amor não é exclusividade. Amor é saber agir e não destruir. Aqui eu me determino, na minha mente eu construo esperança e não é em ações que ela se alimenta: ela já existe em mim, ela já me deixa viver, porque sem esse pensamento não sou nada. Construir momentos e colocar as coisas no lugar não deveriam ser habilidades de poucos, e a mente que mistura tudo não deixa crescer nenhum momento além do tosto tédio de sempre.
Quero estabilizar, quero converter as coisas para as coisas simples porque eu posso! E nenhum termo de truculência vai me deixar dizer o que eu quero. Pensaria ser possível crescer, aceitar, construir minha base, minha própria estrutura, mas não posso perder a esperança. Não entende? As coisas são construídas, engenhadas na pretensa estabilidade que só o conhecer pode nos mostrar. Amor não é esperar a prisão. Amor é sublime e não se escolhe. Amor é fruto de uma construção e não é fruto de um twist na mente.
Bastar-se a si mesmo é uma coisa difícil. Sim, precisa de baques, mas entendo bem tudo isso. Porque aprender é uma coisa difícil, mas mostrar, demonstrar o que aprendeu é uma coisa mais difícil ainda, porque isso sim depende dos outros. Porque fraqueza é fácil de identificar. Fraqueza é algo que exala. Já firmeza é algo que imprime, que leva tempo. Não sou o mesmo e a cada minuto tudo gira para compreensão. Na medida em que renascemos criamos escopo para continuar.
Ao escrever existo porque aqui o tempo vai onde posso, porque sigo o tempo da minha consciência e posso dizer o que quero, não o que minha mente ansiosa quer dizer. Aqui o tempo é meu e não preciso fazer sentido.
sábado, 16 de outubro de 2010
Um Filme
Antes se buscava nossos passos