terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cena

Se eu pudesse descrever, se eu soubesse, diria que não podemos mais andar de carro. Porque nos sonhos sempre ando a pé. Só lembro do seu sapato adolescente, camisa de menina e olhar de mulher. Palavras decididas numa conversa comprida, parecendo doces os afagos, quentes os abraços e os beijos... beijos são loucos! Porque quando estamos em cena, não há medo que aparece ou nervoso que pareça, tanto faz... Em cena não temos calça jeans e camiseta branca. Temos só o que deveria ser frio, um affair, sendo tantos gostos, tantos desesperos loucos, ansiedades casuais que só minha mente insana, nesse ar de eterno tempo, mesmo rápido, quer entender esse mundo fosco, sublime, invariável.

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